Gosto de começar pelo começo. E o começo do Rock in Rio está
bem antes de 1985. Pra ser mais sincera, está no ano de 1980, quando Roberto
Medina, idealizador do festival, produziu o show de Sinatra no país. Se não
fosse a produção desse show, o Rock in Rio nunca ficaria na história.
O grande feito de Roberto Medina foi ter a ousadia de trazer
para um mesmo festival vários nomes internacionais. Músicos internacionais não
faziam shows na América Latina. E quando fazia era algo muito raro. Tudo porque
havia preconceito pelo fato de alguns produtores pagarem mal as bandas e os
empresários, e até mesmo dar calote. Sem contar os boatos de que instrumentos
desapareciam após o show. Isso só afugentava os grandes nomes.
Roberto Medina tentou negociar com várias bandas. Nenhuma
aceitou. Foi quando teve a ideia de pedir ajuda à Sinatra. Quando o cantor
espalhou que o show que havia feito no Brasil foi ótimo e que nenhum
instrumento desapareceu, as negociações melhoraram. Mas o festival só teve
credibilidade após a confirmação da banda Queen. Só após isso, Medina conseguiu
atrair grandes bandas por aqui.
O festival teve 13 atrações internacionais. Um número enorme
para jovens que não conseguiam imaginar que pudessem estar perto de seus
ídolos. Dentre as atrações estavam Whitesnake, Iron Maiden, Queen, James
Taylor, Yes, Scorpions, Ozzy Osbourne e AC/DC. A notícia de que um festival que
reuniu várias bandas internacionais se espalhou pela América Latina fazendo com
que mais de 200 mil pessoas fossem ao festival. O Rock in Rio deu certo e
acabara de se tornar o principal festival do país e da América Latina.
Mas apesar do nome, o festival não teve somente atrações de
rock. Várias bandas brasileiras abriram as noites do festival, inclusive Elba
Ramalho. Mas isso fica para um próximo post.
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